Calor fora de época favorece aproximação e nuvem de gafanhotos está a 122 km do RS Insetos avançaram 3km no fim de semana após aumento das temperaturas na Fronteira Oeste do estado. Equipes da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural monitoram os gafanhotos e orientam os produtores.





 Nuvem de gafanhotos, que está na Argentina, avançou e chegou a 122 quilômetros de Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste do estado.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Rio Grande do Sul informou, neste domingo (19), que, com o aumento das temperaturas, a
“Com a temperatura favorável a nuvem pode retornar, ingressar pelo noroeste do estado, até pelo sul, ou manter o deslocamento e ingressar pelo Uruguai. Sobre a chegada, estamos admitindo a possibilidade de ingresso e com plano operacional pronto, mas não é possível afirmar que vai entrar por esse dias, por isso seguimos monitorando” disse o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR.
Um relatório do governo argentino informou que a nuvem de gafanhotos se moveu cerca de 33 quilômetros ao sul do país nos últimos dois dias. De acordo com o fiscal agropecuário da secretaria estadual, Juliano Ritter, os insetos estão próximos a Corrientes, na Argentina.
Para entomologista Mauricio Pasini, o aumento das temperaturas nos últimos dias e a falta e de chuva podem favorecer o deslocamento dos insetos.
"Essas condições de temperaturas elevadas fazem com que os indivíduos, que já estão migrando, passem a migrar para outros ambientes em busca de alimentação. A população de gafanhotos pode vir para o RS desde que as temperaturas se mantenham elevadas e o sentido dos ventos nos locais aonde a nuvem está localizado hoje [domingo], seja em direção ao estado ou ao Brasil,” salienta Mauricio.
A secretaria monitora a nuvem de gafanhotos desde o surgimento, no mês passado, e orienta os produtores em caso de aparecimentos dos insetos.
"As medidas de supressão dos surtos consistem em ações de controle nas localidades atingidas pela nuvem. No caso de ingresso da nuvem, [faremos] controle químico. Para evitar que se estabeleça. Tem que agir rápido porque a nuvem tem muita mobilidade", explica Ricardo Felicetti.

Argentina

Na sexta, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa) realizou uma aplicação terrestre de inseticida contra a nuvem de gafanhotos na província de Corrientes. O local onde ocorreu a operação fica na divisa entre os departamentos de Curuzú Quatiá, Sauce e Esquina, cerca de 160 quilômetros de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Temperatura acima da média até quarta

A Somar Meteorologia estima que as temperaturas devem se manter acima da média até quarta-feira (22). A chuva só deve retornar a partir da quinta (23) no sul e oeste do Rio Grande do Sul e avança na sexta-feira para as demais áreas.

Essas precipitações são causadas pela passagem de uma frente fria, que devem ocasionar rajadas de vento de mais de 70km/h e descargas elétricas. Mesmo que os acumulados de chuva não sejam tão elevados, como na semana retrasada, quando um ciclone extratropical deixou milhares de pessoas desalojadas, essas chuvas podem causar alagamentos e outros tipos de danos.No sábado (18), as cidades do Rio Grande do Sul que tiveram as maiores temperaturas registradas foram Campo Bom, com 31,7°CSanta Maria, com 30,5°C, e Uruguaiana, com 30,3°C, segundo as estações automáticas do INMET, sendo que a média de temperaturas máximas para julho nessas cidades são 20,5°C, 19°C e 18,6°C, respectivamente.Já em Porto Alegre, pela estação oficial do INMET, a temperatura mínima foi de 13,6°C e a máxima de 30,2°C, sendo que a média climatológica da mínima para julho é de 10,1°C e a máxima, de 19,3°C.Fonte: G1



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